Marketing de guerrilha


Torci muito para a seleção feminina na copa do mundo e fiquei triste pela desclassificação das meninas no jogo contra a França. Fica aqui meus parabéns ao Vadão e a todas as atletas.

E antes de juntar estes dois assuntos (futebol e marketing de guerilha) vamos falar mais de marketing. Segundo Jay Conrad Levinson criador do termo Marketing de Guerrilha, marketing é todo o ponto de contato da sua empresa com o mundo exterior. Alem do produto, embalagem, preço, ponto de venda, cores e etc, o marketing inclui a sua marca, serviço, atitude e a paixão que você traz no seu negócio.

Marketing é a arte de chamar a atenção das pessoas, ou manter a atenção delas, para que elas fiquem inclinadas a fazerem negócios com você. Seguindo esse raciocínio do Jay o marketing de Guerrilha tem a ver com a criatividade em fazer campanha sem grandes quantias dinheiro. Segundo ele, quando escreveu o primeiro livro em 1984 cunhando este termo, ele não encontrava literatura de marketing para empresas com orçamentos menores que 300 mil dólares mensais.

Outro ponto importante é que a mensuração de resultados no marketing de guerrilha, está ligada diretamente ao lucro. É um contraponto as estratégias de marketing que focam exclusivamente em aumento de vendas e de faturamento, mas descuidam do lucro. Eu conheci a história de uma empresária que faturou 1 milhão e meio numa campanha e teve um ROI de 60 mil reais, isso dá 4% de ROI. Ela ficou no positivo, mas passou bem perto de empatar. A boa notícia é que ficou o aprendizado e ela conseguiu fazer bem melhor da próxima vez.

Agora voltando ao jogo do Brasil, talvez você tenha notado o batom que a Marta, camisa 10 da seleção, usou nos últimos 2 jogos. Agora vem a parte mais legal, quando se digita “batom Marta” no Google, as duas primeiras opções de anúncio vai direto para a loja virtual da Avon para a página de um produto que diz entre outras coisas: “Batom com 16 horas de duração sem necessidade de reaplicação. Sua cor permanece viva e deixa você livre para se expressar sem precisar retocar”

Isso nao é fantástico?

Que baita lugar para fazer propaganda do produto e ainda em forma de guerillha porque a Avon não é patrocinadora oficial da copa do mundo. E se o batom aguenta firme com a mulher suando 90 minutos (se bem que no último jogo foram 120 minutos) ele vai conseguir segurar a onda em qualquer balada, evento social ou mesmo em um dia inteiro de trabalho.

Achei incrível, a Avon realmente está de parabéns.

Ainda sobre o marketing de guerilha, você também deve se lembrar de outros exemplos famosos como quando o Ronaldo fazia o numero 1 depois de um gol fazendo referencia a cerveja, tem o Gabriel Jesus que faz sinal de telefone que liga pra mãe e é referência a uma das patrocinadoras oficiais da seleção, enfim, alguns casos bem legais de marketing de guerrilha.

Então, se você está triste porque acha que não tem orçamento suficiente pra fazer campanha, bote sua criatividade pra funcionar.

E fica aqui também a sugestão de leitura do livro que é o Marketing de Guerrilha do Jay Conrrad.

Até a próxima.

Andre Veiga

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